A 22ª Bienal do Livro do Rio, realizada no Riocentro entre 13 e 22 de junho, quebrou recordes ao atrair 740 mil visitantes, 23% mais que os 600 mil da edição anterior. Entre eles, cerca de 130 mil estudantes da rede pública marcaram presença — um aumento de 30 mil em relação a 2023 .
O evento foi um sucesso também em vendas: foram comercializados 6,8 milhões de livros, o que representa um crescimento de 23% na comparação com o ano anterior. Entre as mais de 700 editoras presentes, algumas registraram até 100% de aumento nas vendas, como a HarperCollins Brasil. A Globo Livros cresceu 70%, enquanto Companhia das Letras e Record tiveram expansão de cerca de 65%; Sextante e Arqueiro subiram 60%, Intrínseca e Ediouro 45% e Rocco 59%.
A programação contou com mais de 1.850 autores participando de sessões de autógrafos, palestras e debates, totalizando aproximadamente 1.200 horas de conteúdo. E, para inovar, a Bienal trouxe o conceito de Book Park, transformando o recinto em um verdadeiro parque literário — com ativações como a Biblioteca Fantástica, roda‑gigante “Leitura nas Alturas” e Escape Bienal, que envolveram cerca de 130 mil visitantes.
Segundo Dante Cid, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), “a Bienal é essa potência que impulsiona o universo literário… crucial para o Rio conquistar o título de Capital Mundial do Livro”. Para Tatiana Zaccaro, diretora da GL events Exhibitions, o evento foi um “movimento coletivo, potente e emocionante”, capaz de aproximar o público de autores e histórias de forma interativa e divertida.
O impacto vai além da literatura: foi estimado em cerca de R$ 535 milhões, somando vendas de ingressos, livros, alimentação, transporte e estrutura, contribuindo para a cidade se consolidar como Capital Mundial do Livro, título concedido pela Unesco.
Fonte: Agência Brasil
