Turismo fluminense movimenta R$ 10,6 bilhões, gera quase 200 mil empregos e vive momento histórico de expansão

O Rio de Janeiro colhe os frutos de uma estratégia integrada que une segurança pública, infraestrutura e promoção turística. Segundo o estudo Panorama Turístico, divulgado na quinta-feira (9) pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec-RJ) durante a ABAV Expo 2025, maior feira de turismo da América Latina, o setor movimentou R$ 10,6 bilhões em gastos diretos e gerou 198 mil empregos no estado.

O governador Cláudio Castro destacou que o resultado é fruto de uma política contínua de fortalecimento do turismo e da sustentabilidade. “Estamos investindo em segurança, infraestrutura e qualificação para que o Rio continue atraindo visitantes e gerando emprego e renda. Além disso, estamos aplicando um investimento recorde no cuidado com os nossos mares, rios e florestas, para que o Estado siga crescendo com responsabilidade e preservação ambiental”, afirmou.

De acordo com a pesquisa, 37,2% dos visitantes chegaram ao estado com receio em relação à segurança, mas 61,9% deixaram o Rio satisfeitos ou muito satisfeitos com o policiamento — reflexo do reforço das ações em áreas turísticas. O levantamento também revelou que 79% dos turistas estrangeiros visitaram o Rio pela primeira vez, e 80,9% afirmaram que recomendariam o destino a amigos e familiares. O setor ainda contribuiu com R$ 6 bilhões em remuneração ao trabalho e R$ 13,1 bilhões ao PIB estadual. Ao todo, 1.082 turistas foram entrevistados entre os dias 18 e 29 de agosto, em pontos icônicos como o Pão de Açúcar e o Corcovado.

Turismo sustentável e ações ambientais

O perfil do visitante também vem mudando: 72,7% dos turistas afirmaram priorizar hospedagens sustentáveis. Para atender a essa nova demanda, o Governo do Estado tem ampliado ações de limpeza de mares e rios e promovido políticas ambientais robustas. A histórica concessão dos serviços de saneamento está universalizando a distribuição de água e o tratamento de esgoto em 47 municípios, beneficiando 13 milhões de pessoas e gerando 26 mil empregos. Cerca de R$ 6 bilhões estão sendo investidos na despoluição das bacias da Baía de Guanabara, do Rio Guandu e do Complexo Lagunar de Jacarepaguá, no que é considerado o maior projeto ambiental da América Latina.

Um levantamento do Inea mostra os primeiros resultados concretos: as águas da Praia de Botafogo apresentaram redução de 90% nos coliformes termotolerantes entre 2021 e 2022. Segundo o órgão, o avanço é resultado direto das obras de drenagem, da substituição de troncos coletores e de intervenções de saneamento realizadas nos últimos anos.

Interior em crescimento e novos projetos

A pesquisa também revelou que o tempo médio de permanência no estado é de sete dias — seis para brasileiros e oito para estrangeiros. Os hotéis continuam sendo a principal escolha de hospedagem (55,7%), seguidos por imóveis alugados por plataformas digitais (31,5%). Além disso, o turismo fluminense vem se consolidando além da capital: 31% dos visitantes exploraram ou pretendem conhecer outros municípios. Entre os destinos mais procurados estão Búzios (32,9%), Arraial do Cabo (28,1%), Angra dos Reis (27,8%) e Paraty (15,3%), cidades que vêm recebendo investimentos estaduais em mobilidade, infraestrutura e promoção turística.

Para o secretário estadual de Turismo, Gustavo Tutuca, o momento é de consolidação e expansão. “O turismo fluminense vive um momento histórico. Esses números mostram que o trabalho integrado do Governo do Estado está dando resultado. Cada real investido no turismo retorna em desenvolvimento social, geração de emprego e valorização das nossas regiões. O interior também vive uma fase de crescimento, com o turismo se tornando uma das principais atividades econômicas de muitas cidades”, afirmou.

Entre as ações de destaque está o projeto Inverno #tônoRio 2025, que leva shows e eventos culturais a diversas cidades do interior. A edição de 2024 foi um sucesso: percorreu 22 municípios, somou 66 dias de atividades, impactou mais de 52 mil pessoas e deu visibilidade a 40 artesãos locais. Foram 520 horas de evento, com 76 bandas se apresentando em 95 horas de música ao vivo. A iniciativa reforça o turismo doméstico e valoriza a identidade cultural fluminense — confirmando que o Rio de Janeiro segue mais vibrante e acolhedor do que nunca.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *