O Palavra Líquida 2025 chega à sua 10ª edição transformando o Sesc RJ em um verdadeiro território de arte, cultura e celebração. De 5 a 14 de setembro, o festival ocupará nove unidades (Copacabana, Madureira, Tijuca, Ramos, São João de Meriti, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Niterói e São Gonçalo) com o tema “Tempo e Festa”, propondo uma programação que mistura música, dança, literatura, teatro, cinema e artes visuais.
A abertura será no Sesc Copacabana, com a intervenção de dança “Gorila de Saco: cultura popular em diálogo”, seguida de conferências da escritora equatoriana Yuliana Ortiz Ruano e do cantor, poeta e pesquisador Tiganá Santana, que também apresenta o show “Tiganá Santana conta suas poéticas”, cantando em diversas línguas. No dia seguinte, o mesmo palco recebe a poeta e cantora Mel Duarte, no espetáculo “Colmeia”, ao lado de MC Martina e Math Araújo.
Entre os destaques da programação estão o Encontrão dos Slams da Zona Norte, a celebração dos 30 anos da obra de Sonia Rosa, referência na literatura para crianças e jovens, e o Encontro das Velhas Guardas, que reúne sambistas da Imperatriz Leopoldinense, Unidos de Manguinhos e Unidos da Grota, com participação especial de Geisa Ketti.
Na música, o festival traz artistas de diferentes gerações e estilos: Chico Tadeu, MC Marechal, Déa Trancoso, Rico Dalasam, além de rodas tradicionais como Samba na Serrinha e o Quintal da Dona Guilhermina. A dança também marca presença, com o Vogue Funk e o espetáculo Griot, o conto e a mágica. O teatro aparece na montagem “A Palavra que Resta”, adaptação do romance de Stênio Gardel.
As artes visuais ganham espaço com as exposições “Obirikiti”, em São Gonçalo, e “Festa pra quem?”, em Duque de Caxias. Já as oficinas e vivências oferecem experiências que vão de escritas ancestrais e ritmos afro-brasileiros até atividades conduzidas por mestres indígenas e populares.
O audiovisual também tem vez, com filmes como “Do Samba ao Sampler”, “As Pastoras – Vozes Femininas do Samba” e “Diaspóricas 2”, sempre seguidos de debates. Performances expandidas, como Transportar vagalumens, completam a programação.
Ao escolher o tema “Tempo e Festa”, o festival vai além da noção ocidental de cronologia, inspirando-se em cosmovisões africanas, como a Angola-Congo, onde Tempo é uma divindade e Festa significa Kizomba: encontro e celebração coletiva.
A programação completa está disponível em: sescrio.org.br/palavraliquida