Brasil registra safra recorde de grãos com 350,2 milhões de toneladas em 2024/25

O Brasil atingiu um novo recorde na produção de grãos. A safra 2024/25 chegou a 350,2 milhões de toneladas, superando em 49,1 milhões o volume colhido no ciclo anterior (2023/24). O resultado representa um crescimento de 16,3% e foi impulsionado principalmente pelo bom desempenho das lavouras de soja, milho, arroz e algodão, que juntas responderam por quase todo o aumento.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a expansão de 1,9 milhão de hectares na área cultivada e as condições climáticas favoráveis, especialmente no Centro-Oeste, ajudaram na recuperação da produtividade, que cresceu 13,7% em relação ao último ciclo.

A soja, carro-chefe da agricultura brasileira, alcançou produção estimada em 171,5 milhões de toneladas, o maior resultado da história. Já o milho também teve recorde, com 139,7 milhões de toneladas, graças ao desempenho da segunda safra, que sozinha deve render 112 milhões. O algodão atingiu 4,1 milhões de toneladas de pluma, e o arroz, que já teve sua colheita concluída, fechou em 12,8 milhões — alta de 20,6% em relação ao ano passado.

No caso do feijão, a produção somada das três safras ficou próxima de 3,1 milhões de toneladas, suficiente para abastecer o mercado interno. O trigo, por outro lado, teve queda de 4,5%, ficando em 7,5 milhões de toneladas, devido à redução da área plantada.

Além da colheita recorde, a safra deve garantir estoques robustos. Só o milho terá 12,8 milhões de toneladas estocadas, enquanto a soja, mesmo com maior exportação — estimada em 106,25 milhões de toneladas —, deve encerrar o ciclo com 9,3 milhões em estoque.

Com o resultado, o Brasil reforça sua posição como um dos maiores produtores de alimentos do mundo, combinando produtividade em alta, clima favorável e forte demanda interna e externa.

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