Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta do Hospital DF Star, em Brasília, no início da tarde desta quarta-feira (17), após passar a noite internado por vômitos, tontura e queda de pressão arterial. Segundo o hospital, ele respondeu bem à hidratação e ao tratamento endovenoso, com melhora dos sintomas e da função renal. Ao deixar a unidade, Bolsonaro retornou ao cumprimento da prisão em regime domiciliar, onde seguirá com acompanhamento médico, conforme as regras fixadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O boletim médico divulgado nesta quarta confirmou que duas, entre oito lesões retiradas no domingo, são carcinomas de células escamosas “in situ”, um tipo inicial de câncer de pele. A equipe informou que não há indicação de nova cirurgia no momento, mas que o quadro exige monitoramento clínico periódico. O diagnóstico foi confirmado por membros da equipe médica e divulgado por diferentes veículos ao longo do dia.
A saída para atendimento emergencial ocorreu dentro das condições impostas pela prisão domiciliar: Bolsonaro pode ir ao hospital em caso de urgência, desde que a defesa informe e comprove o motivo ao ministro Alexandre de Moraes em até 24 horas. A imprensa registrou que esta foi a primeira vez que ele deixou a prisão domiciliar após a condenação da semana passada; outras publicações lembram que, desde que está em casa, esta já é a terceira saída para atendimento médico.
No pano de fundo do episódio de saúde está a situação jurídica do ex-presidente. Na semana passada, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão pela tentativa de golpe após a derrota nas eleições de 2022. Ele permanece em casa enquanto tramitam os desdobramentos processuais e eventuais recursos.
Bolsonaro tem histórico de complicações decorrentes da facada sofrida na campanha de 2018, o que motivou múltiplas internações e cirurgias desde então. Na véspera da alta, sua família informou que o mal-estar envolveu soluços, vômitos e pressão arterial baixa — um quadro semelhante a episódios anteriores.
Nos próximos dias, o ex-presidente seguirá sob avaliação dermatológica por causa das lesões cutâneas e sob as condições do regime domiciliar definidas pelo STF. Matérias recentes também discutem que, a depender da evolução dos recursos e do estado de saúde, a defesa pode pleitear o cumprimento da pena em casa — hipótese que, segundo a cobertura oficial, dependerá de decisão judicial específica.
