O mais recente boletim Panorama Covid, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), indica que cinco dos oito indicadores precoces de monitoramento da doença estão em tendência de redução. Entre os dados avaliados, destacam-se a queda nas taxas de positividade dos testes rápidos e a diminuição das solicitações de leitos hospitalares para pacientes com sintomas gripais, tanto adultos quanto crianças.
De acordo com o levantamento, nos exames realizados na rede pública, a taxa de positividade caiu de 16,8% para 11,2%. Já na rede particular, o índice também apresentou recuo, passando de 14,1% para 8%. Em relação à demanda por internações, os pedidos de leitos adultos caíram de 652 em agosto para 562 no início de setembro.
Outro dado relevante diz respeito às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estaduais. O número de atendimentos a pacientes adultos com sintomas gripais apresentou redução na primeira semana de setembro: entre os dias 10 e 16 de agosto, foram registrados 1.613 atendimentos; já entre 31 de agosto e 6 de setembro, esse total caiu para 1.490.
No caso das crianças, o cenário foi de oscilação. Após crescimento no número de atendimentos durante agosto, a curva voltou a cair. Entre 10 e 16 de agosto, as UPAs registraram 873 pacientes pediátricos. Na semana seguinte, o número saltou para 1.182, recuando para 1.088 na última semana do mês. Já na primeira semana de setembro, a tendência de queda se manteve, com 1.040 crianças atendidas.
O modelo estatístico de nowcasting, utilizado pela secretaria para corrigir atrasos entre a data do início dos sintomas e a notificação oficial, estima que tenham ocorrido 239 casos confirmados entre 24 e 30 de agosto, demonstrando cenário de estabilização.
As análises de amostras realizadas pelo Laboratório Nacional de Saúde Pública (Lacen-RJ) mostram ainda que há predominância do rinovírus entre crianças e do coronavírus entre idosos. Por esse motivo, a SES reforça a importância de a população mais idosa manter a vacinação em dia e procurar a unidade básica de saúde de referência para garantir proteção contra a doença.
O boletim reforça que, embora a situação atual indique tendência de redução, a atenção deve ser mantida, especialmente porque os vírus respiratórios ainda circulam de forma significativa no estado.