O governador Cláudio Castro esteve nesta segunda-feira (8) na Gávea para acompanhar de perto as obras da futura estação de metrô do bairro. O local faz parte da Linha 4 e, atualmente, passa pela etapa de retirada da água que havia sido colocada nos poços há mais de sete anos para sustentar a estrutura. Desde o início do processo, em 14 de agosto, já foram escoados cerca de 9 milhões de litros — o equivalente a pouco mais de três piscinas olímpicas. A previsão é que o deságue seja concluído em quatro meses, de maneira controlada e segura, para então começar a próxima fase: a instalação dos trilhos e a detonação de um trecho de 60 metros de rocha.
Castro destacou a importância da retomada dos trabalhos, lembrando que a paralisação era um problema histórico. Segundo ele, além de melhorar o sistema metroviário, a obra vai gerar benefícios para toda a cidade. “São 2.500 empregos criados e, quando concluída, a estação vai beneficiar cerca de 20 mil pessoas por dia”, afirmou.
Os dois poços haviam sido inundados com 60 milhões de litros de água, que agora estão sendo retirados gradualmente pelo Consórcio Construtor Gávea, após liberação do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). O escoamento, feito a uma média de 250 mil litros por dia, baixa o nível em cerca de meio metro a cada 24 horas, sempre sob monitoramento eletrônico. Após essa etapa, será feita a detonação de 60 metros de rocha e a escavação do corpo da estação, que deve retirar 140 mil toneladas de pedra ao longo de 11 meses, transportadas por caminhões basculantes. Paralelamente, seguem os preparativos para a instalação da via permanente e das estruturas de emergência.
A secretária de Transporte, Priscila Sakalem, ressaltou que a água estava acumulada desde 2018 e que todo o trabalho vem sendo feito com monitoramento técnico em tempo integral para garantir a segurança da população. “Na sequência, já seguimos para a instalação dos trilhos no túnel e início das detonações no corpo da estação. A estação Gávea vai ser um marco histórico”, disse.
Durante a visita, também foi apresentado o Plano Diretor Metroviário (PDM), elaborado pela Riotrilhos. O projeto prevê a ligação Estácio–Praça XV, a criação da Linha 3 (Praça XV–Niterói–Guaxindiba) e a extensão da Linha 4 até o Recreio dos Bandeirantes. O presidente do Metrô Rio, Guilherme Ramalho, ressaltou que a retomada das obras da Gávea é o primeiro passo para ampliar toda a rede. Ele explicou que uma ligação direta entre as estações Uruguai e Gávea permitiria que o trajeto entre Zona Norte e Zona Sul fosse feito em cerca de dez minutos, aliviando a Linha 1 e encurtando o caminho até a Zona Oeste.