Uma operação conjunta da Prefeitura de Belford Roxo, das Polícias Militar e Civil, e do Corpo de Bombeiros localizou na quarta-feira (16/04) um cemitério clandestino do tráfico de drogas no Morro da Caixa D’Água, em Vila Pauline. A ação resultou na descoberta de diversos corpos e ossadas humanas, possivelmente vítimas de execuções promovidas por criminosos ligados ao tráfico na região.
A operação foi motivada por denúncias anônimas recebidas pelo canal “Linha Direta com Canella”, ferramenta da prefeitura utilizada pela população para reportar situações críticas de segurança. O próprio prefeito Márcio Canella recebeu a denúncia e acionou os secretários municipais de Segurança Pública, Transportes e Ordem Urbana, que, por sua vez, envolveram a Polícia Militar (39º BPM), a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) e os Bombeiros.
Durante as escavações, feitas com apoio de retroescavadeiras e cães farejadores, oito corpos foram encontrados somente na parte da manhã. A expectativa é de que o número aumente com o avanço das buscas. O local, segundo a Polícia Civil, era utilizado como “tribunal do crime” do tráfico de drogas, controlado por um traficante conhecido como Popeye, apontado como integrante do Comando Vermelho (CV).
“Desde o início da minha gestão, atuo junto às forças de segurança. Essa cena foi aterrorizante. As vítimas eram julgadas por um tribunal do crime e executadas por Popeye e seu bando. Estamos determinados a capturar esse criminoso e garantir justiça”, afirmou o prefeito Márcio Canella.
A operação integra um conjunto de medidas da prefeitura para combater o crime organizado no município, como o programa Barricadas Zero, que atua ao lado do 39º BPM para garantir a liberdade de circulação da população.
“A denúncia chegou pelo Linha Direta com Canella, que tem sido essencial na luta contra o tráfico, a milícia e o crime organizado em Belford Roxo. Agradecemos a parceria com os órgãos de segurança”, declarou Aruak Oliveira, secretário municipal de Segurança Pública.
Todo o material recolhido está sendo analisado pela DHBF, que cuidará da identificação das vítimas e da continuidade das investigações para desmantelar a atuação da facção na região.
A ação reforça o papel da integração entre comunidade, governo municipal e forças de segurança para enfrentar a violência urbana e o crime organizado, que ainda impõem um clima de medo e insegurança em diversas áreas da Baixada Fluminense.